O QUINTETO FANTÁSTICO
Guardo em minhas memórias e no
coração as boas lembranças da infância e estes são os cinco integrantes, os
protagonistas de uma geração que marcou o bairro Jardim Iracema. Juntos,
colecionamos boas e divertidas histórias.
Como esquecer das manhãs e tardes
na casa do “Mestre Alan”, que mais tarde transformava-se em MESTRE de fato,
hoje futuro engenheiro, entende de obras como ninguém. Como esquecer do
brilhante “Jogador e Karateca, Fabrício”? Mais tarde tornara-se um grande
educador físico, não tinha como ser diferente, pois o esporte sempre andou lado
a lado com este garoto. Como esquecer das minhas narrações e locuções em uma
difusora improvisada, que os meus amigos aí da foto eram induzidos a ser os
meus ouvintes e um deles até controlista, não deu outra, me tornei o jornalista
de fato, é a minha paixão. E Marcelo? Moleque saudosista, neto de Seu Dedinho,
decano do nosso bairro, filho de Chagas, ao qual o meu pai tocou por muito
tempo na banda Treze de maio, garoto apaixonado pela música, até hoje continua
sendo. E Cocó? Este é o grande responsável por me lançar na comunicação, ele me
estimulou, me ajudava a fazer microfones, com ele desenvolvia e dava os
primeiros passos na locução, até pensei que Cocó também seguiria o caminho do
rádio, mas mudou de destino, se dedicou a igreja, porém, a comunicação muito
lhe serviu: Hoje é o Pastor Cocó. Este é o quinteto fantástico.
Pois é, o quinteto fantástico, na
foto estão meus cinco melhores e verdadeiros amigos, eles me conhecem
profundamente, assim como eu, conheço todos eles. Dividimos momentos agradáveis
na infância, na casa de Alan, ainda em construção, fica por trás do antigo DNR,
hoje UPA de Sousa. Lá era o ponto de encontro, Alan sempre muito alegre, fazia
piada com tudo e nós nos divertíamos bastante, ele tinha o enorme poder de nos
arrancar grandes gargalhadas. Lá no muro da casa de Alan eu “invocava os
cachorros”, quando imitava um, todos os cachorros do pantanal latiam em uma
sequência, este era um motivo de grandes risadas. E aquele dia que tomei água
sanitária pensando ser água normal? Foi um sufoco, mas... “escapei”. E deste
fato ainda hoje rimos muito, quando lembramos.
Os “desmaios” de Cocó eram
sensacionais, tínhamos ao nosso lado um grande ator, sem dúvidas a globo o
perdeu. Ele vinha andando normalmente e em dado momento pedíamos para ele
desmaiar, não dava outra, encenava um desmaio e caía com todo corpo ao chão. E
quem desses cinco não lembra das madrugadas onde dormíamos na casa de Cocó,
exatamente, apenas na casa dele podíamos ouvir a Patamuté FM de Cajazeiras,
durante toda a madrugada a emissora tocava músicas românticas e nós éramos apaixonados
por canções assim. Ao som daquelas melodias o sono era profundo e tranquilo.
Mas a grande diversão mesmo era
as idas e voltas ao sítio matumbo de bicicleta. As aventuras costumavam acontecer
aos finais de semana. Cada um em uma bicicleta, partíamos de Sousa e
percorríamos 14 km até o sítio matumbo, percurso cheio de aventuras, em uma
dessas idas, era período de chuva no sertão, o rio que cortava o nosso trajeto estava
cheio, Alan, o mais alto do quinteto, teve que atravessar com as bicicletas nas
costas e todos nós, fomos nadando em meio a um rio com correnteza, imagine só o
perigo, vencemos, chegamos ao matumbo. Por lá a diversão era certa, banho no
açude de Seu Arnold, caça e sobrevivência no sítio. Mas, a pedra no nosso
caminho era a temida cruz, onde segundo relatos teve uma série de assombrações.
Em uma dessas aventuras no matumbo ficamos para dormir, foi uma noite difícil e
uma história engraçada. Na noite anterior o tio de Alan havia nos falado da “Caipora
que por lá habitava” (Risadas). Ele dissera que quando o assovio da caipora era
ouvido longe, sinal que ela estava perto e que quando se ouvia de perto, sinal
que ela estava longe. Ingênuos, crianças, acreditamos, e ao dormir, lá na sala
da casa de Iraci (Em memória), escutei, juntamente com Fabrício, a “Caipora”
assoviando longe, ela estaria perto (Risadas). Hoje sabemos que tudo foi
tramado pelo tio de Alan, na época não tínhamos maturidade suficiente. Este foi
o grande motivo para eu e Fabrício ficarmos a noite toda acordados.
Assim foi parte da nossa
infância, temos muito ainda para contar, talvez em um livro, porque colecionamos
juntos boas e várias histórias. Hoje, seguimos nossas vidas, cada um com o seu
destino e obrigações, mas, quando o tempo permite o encontro, a nostalgia é
certa. A alegria e gargalhada, garantidas. Como bem diz o ditado, recordar é
viver.
Amizade da vida inteira!
ResponderExcluirEu guardo em meu coração tantas recordações, tantas alegrias, esse texto me fez lembrar de como a vida é bela. O tempo passou, cada um seguiu seu caminho e ainda que seja menos frequentes os nossos encontros sempre compensamos com boas risadas... amo vocês!!!
ResponderExcluirObrigado por isso amigo.