Deserto ou abundância?
Os acontecimentos dos últimos dias mais parecem cenas de
filme, quiséramos nós... Os protagonistas são seres reais, de carne e osso.
Como digerir a informação de que um “padre” é suspeito de
desviar R$ 140 milhões de uma instituição filantrópica? Seria falta de
humanidade até se tal atitude partisse do ser mais ríspido e inútil que possa
existir...
Noutro contexto, uma “mãe”, ou melhor, que diz ser, mata uma
filha inocente, bebê ainda, com pouco ou nenhum entendimento. A cena relatada,
se viesse de qualquer ser abutre, ainda assim, seria inconcebível.
De fato, falta amor nos corações... O dinheiro, a ansiedade,
a ganância, a obsessão pelo sucesso está cegando as pessoas...
Elas querem fugir das suas responsabilidades, esquecem que
por trás de um mundo aparentemente “feliz”, existe uma vida tão simples que
pode trazer a felicidade real.
E esta tal felicidade está num simples sorriso verdadeiro, no
abraço que fala, na conversa e mão amiga, no acordar, no dormir, em ver e
apreciar o nascer e o pôr do sol... Esta é a verdadeira riqueza!
As pessoas depositam demais a confiança no “ter” e esquecem
do “ser”.
“Ser” e
seguir o caminho do bem e da abundância? Ou pegar o atalho do mal e do deserto?
Um oferece a certeza, outro a dúvida. Deus nos dar o livre arbítrio.
Ricardo Martins (Jornalista)
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